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quarta-feira, 30 de agosto de 2017

Quem é o meu próximo?



Quem é o meu próximo?", pergunta para Jesus o mestre da lei (Lucas 10.29). Jesus, então, conta a parábola do samaritano. Daí devolve a pergunta ao doutor: "Quem foi o próximo do homem que caiu na mão dos salteadores?" De fato, Jesus não a devolveu exatamente, mas a refez. Da forma como a elaborou, ele sugeriu que o mestre da lei ao invés de perguntar "Quem é o meu próximo?" Deveria ter perguntado "De quem devo ser próximo?". E a resposta é clara: daquele que você vê que precisa de você.

Essa resposta qualifica o próximo a quem se deve amar como o necessitado, o despossuído, o abusado, o explorado, e a única condição prévia para sua qualificação é que ele seja visto. Isto justifica trazer à tona toda a ordem de abuso e desrespeito ao ser humano para que ele possa ser visto e amado, ou seja, socorrido. Este socorro pode vir por meio do impedimento da violência – o que é mais eficaz – ou restaurando-se o indivíduo que a sofreu.

O próximo não é todo mundo, porque todo mundo não é ninguém – o próximo é o necessitado. Jesus, na parábola, também qualifica o que significa ver alguém. Aparentemente, todos os protagonistas viram o homem na beira da estrada, porém só um se compadeceu com uma compaixão ativa. Foi este quem de fato o viu.

O bispo irlandês George Berkeley disse que "ser é ser percebido". Nesta parábola, Jesus qualifica que tipo de percepção dá ao observado a qualidade ontológica.

O mestre da Lei, que a sintetiza em "Amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todas as tuas forças e de todo o teu entendimento, e ao teu próximo como a ti mesmo" (Lucas 10.27), sugere, ao perguntar apenas pelo amor ao próximo, que amar a Deus, na intensidade descrita, não era um problema para ele. Sua crise era com o outro. Jesus, por sua vez, traz para a história dois protagonistas congêneres ao doutor. Pelo entendimento que tinham sobre o significado de amar a Deus acima de todas as coisas, é muito provável que eles passaram ao largo do necessitado porque ficariam inviabilizados por cerca de quarenta dias como oficiantes do culto a Deus se o tivessem tocado e ele estivesse morto ou viesse a morrer em suas mãos. Há grande possibilidade, portanto, que por amor a Deus acima de tudo aqueles homens não se envolveram com o moribundo, com medo de não poderem participar do serviço de Deus. Jesus, no entanto, põe em cheque este amor a Deus que não vê o próximo.
Nesta história, Jesus também qualifica o ser humano, mormente o necessitado, como prioridade máxima. Isto ocorre quando ele menciona que o samaritano, provavelmente um negociante, submeteu sua agenda à necessidade do outro, parando, socorrendo-o, cedendo-lhe o animal e diminuindo drasticamente seu ritmo, tendo ainda lançado mão de seu próprio recurso para tratar do necessitado e se comprometido com a total restauração do mesmo.

Portanto, o desafio que se apresenta ao cristão e à comunidade cristã na parábola do samaritano é o de se aproximar do necessitado. O próximo está qualificado.

*Ariovaldo Ramos é pastor e presidente da Visão Mundial no Brasil, uma organização não governamental humanitária cristã, que promove a justiça, o desenvolvimento transformador sustentável e socorro em situações de emergência. Está presente no Brasil há 29 anos, beneficiando hoje mais de quatro milhões de brasileiros.

A Visão Mundial desenvolve e apóia 72 projetos sociais, concentrados em regiões empobrecidas como o Nordeste do Brasil, Norte de Minas Gerais, Amazonas, Tocantins e nos grandes centros urbanos de São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte. Esses projetos contam com programas nas áreas de saúde, educação, desenvolvimento comunitário, agroecologia, desenvolvimento econômico, direitos humanos e emergência/reabilitação. Através de seu trabalho, a Visão Mundial presta suporte técnico, social, cultural, econômico-financeiro aos beneficiados, trazendo esperança não somente às crianças empobrecidas, mas também às comunidades onde vivem com as suas famílias.

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